A   R   G   O   S

Importações de Azeite de Oliva -Comparativo 01-07/19 com 01-07/2020

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Com base nos informes de importações de azeites publicados de forma oficial  pelo Ministério da Economia  do Brasil  estamos fazendo uma análise comparativa das importações entre  o período de janeiro -julho/2019 e o mesmo período em 2020. É preciso deixar claro que esses dados são de importações efetivas feitas pelo país no período, desconsiderando qualquer tipo de problema como devolução ou cancelamento de importação. São os azeites que efetivamente entraram no mercado brasileiro e estão a dispoção nos pontos oficias de comercialização. No período em análise de 2019 foram importados 49.915 toneladas de azeite  essas transações alcançaram a casa  dos U$ 234.518.490  de dólares americanos. Nesse mesmo período em 2020  as importações alcançaram 61.284 toneladas  e envolveram nesse processo  a importância de  U$ 234.322.285   dolares americanos.

IMG-20181125-WA0061. curso 2018 Fica muito claro por essas informações que o Brasil importou mais azeites  em termos de volume em 2020 com  praticamente a mesma quantidade de dólares expedida para tais operações em 2019. Com isso tiramos algumas conclusões simples. Pelo lado financeiro não houve nenhum acréscimo de gastos , levando em consideração a moeda oficial internacional,  pelos importadores brasileiros, que importaram mais azeites  com  o mesmo dispendio financeiro em dólares de 2019. Dependendo de como se faz essas análises se chega a conclusão que se importou  em 2020 ,em termos de quantidade, cerca de 20% a mais que o mesmo período de 2019. Esse é um fato, mas na prática o que houve foi uma diminuição dos preços médios do kg do azeite que em 2019 , no período, estava em U$ 4,70 dolares e  nesse mesmo período em 2020 o preço médio  do kg do azeite caiu para U$ 3,82 . Um recuo de cerca de 20%. Isso refletiu na importação de azeites que cresceu , em termos quantitativos  em cerca de 20%. Houve ,portanto, um melhor aproveitamento dos dólares dispendidos pelos importadores brasileiros na aquisição de azeite de oliva. Na pratica olhando esse conjunto de dados  se pode chegar a conclusão que o mercado brasileiro ficou no mesmo lugar que estava  em 2019 , nesse  mesmo período. Apesar  de toda a crise pandemica que assola o país,  essa , ainda não mostrou seus reflexos nesse comércio. Alguns pontos  pode se levar em consideração para essa situação. O principal dele, além do recuo dos preços, acreditamos  é a contratação de importações de azeite que já estavam assinadas e em muitos casos já pagas. Uma coisa é certa  se não ouvesse o recuo nos  preços internacionais do azeite  certamente  estariamos ,no mínimo, importando 20% a menos. Vamos continuar esperando os próximos meses para vermos o que acontecerá com a compra de azeites . A tendência será de queda, mesmo com a diminuição dos preços internacionais desse produto. Uma pena pois pelo  andar das importações  chegariamos , sem a pandemia, facilmente  a 100/120 mil toneladas importadas de azeite em 2020. Com um viés de alta nos anos que se seguem.Aguardemos.