A   R   G   O   S

Entrevista com o Presidente da ARGOS-Brasil

 

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A Associação Rio-Grandense de Olivicultores -ARGOS tem muitos planos para o desenvolvimento da atividade no RGS e no Brasil , sempre voltada para a questão técnica/científica e para orientar os olivicultores indicando-lhes o melhor caminho.O respeito ao investimento  e ao tempo das pessoas é fundamental.

Nesse sentido resolvemos fazer uma entrevista como Presidente Guajará J. Oliveira para saber dos planos  que estão sendo formados e organizados no sentido de dar suporte a olivicultura no nosso país e , também, para o RGS.

Comunicação: Senhor Presidente como estão os projetos que estão sendo desenvolvido pela ARGOS para esse e os próximos anos?

Presidente:  Olha sabemos muito bem planejar o tempo e as atividades que tentamos desenvolver para ajudar nossos associados rumo a questão do conhecimento do que estão fazendo e o rumo que podem traçar no decorrer do tempo para desenvolver suas culturas.

Nesses dois últimos anos fizemos uma infinidade de atividades no sentido de dar suporte a olivicultura que sabemos que deve ser desenvolvida aqui no RGS e no Brasil. O primeiro passo importante foi a criação , em convenio com o Hospital de Caridade de Ijui/RGS do primeiro centro de Estudos do Azeite de Oliva e sua Utilização na Saúde Humana . O CEPAZO-HCI, como , inclusive, a vinda de importante cientista  espanhol para sua inauguração. Esse Centro está em pleno funcionamento com pesquisas sendo realizadas.

Já no ano passado , em nome da ARGOS,organizamos, também, através de convenio firmado por mim e pelo Reitor da  Universidade de Jaén,  o primeiro curso de Elaboração, Analise Sensorial e aspectos Saudáveis para a Saúde, levamos 09 brasileiros para Jaén, fato que foi noticiado na TV espanhola e teve grande repercussão nos jornais daquela Província. Tivemos , inclusive, uma recepção pelo representante do Governo de lá. Esses brasileiros aprenderam muito e tiveram uma outra visão do que é realmente a olivicultura e o que é conhecer azeites de qualidade.

Comunicação: Porque essa preocupação de levar gente para fora para aprender sobre o tema olívicola?

Presidente: Simples . Temos pouco ou quase nenhum conhecimento do que é olivicultura, suas nuances e suas variáveis. Com interagir e como reagir com o comércio, a cultura  e uma infinidade de outras ações que temos que fazer quando nos deparamos com uma coisa nova como é o caso da olivicultura. De nada adianta sairmos por ai plantando oliveiras com base em informações superficiais, notícias de jornais, marketing de vendas ou programinhas de TV dizendo maravilhas sobre a olivicultura e seu desenvolvimento e pior , ainda, indo na conversa dos vendedores de mudas que pregam maravilhas e depois caem fora deixando todo o problema para o investidor ou de informações de técnicos públicos ou privados   mal preparados porque não conhecem a cultura. Olivicultura não é como plantar milho  ou soja ou ler algum artigo sobre a mesma e sair por ai convencendo as pessoas a plantar. Temos que ter responsabilidade pois é o investimento de pessoas . é o dinheiro delas que está em jogo.A  melhor coisa que se tem a fazer é mostrar, de fato, como funciona a olivicultura onde se produz a séculos e onde tem as pesquisas mais avançadas.Assim se preserva os sonhos das pessoas mostrando a elas a realidade das coisas.

Comunicação: Mas Presidente nem todos podem ir fazer cursos dessa natureza?

Presidente: Sabemos disso e por isso que a ARGOS existe para ajudar a tornar  os investimentos mais saudáveis e mais seguros. Não faz muito um  investidor novo  efetuou um investimento importante(ele agora é nosso associado). Comprou mudas segui todo um aconselhamento técnico dos vendedores de mudas e de um agrônomo com nenhum conhecimento sobre olivicultura. Resultado perdeu uma quantidade significativa de plantas por seguir  os conselhos e as orientações de pessoas que não tinham e não tem como lhe dar suporte. O vendedor de mudas sumiu e o agrônomo idem. Essa pessoa nos procurou e agora estamos tentando corrigir as barbaridades que fizeram com ele. Esse é o perfil técnico do que temos por aqui. Na hora de vender te falam maravilhas e te dão orientações que irão, no fundo, te deixar na mão. Muitos vendedores de mudas tem o modelo completo. inclusive a própría estrutura industrial. Assim fica fácil convencer.  Depois somem como se não fosse com eles. É certo que não temos a receita de bolo todos nós em conjunto dentro da ARGOS tentamos resolver o problema que surge ou vai surgindo. Quando não temos solução vamos buscar ela nos nossos parceiros conveniados ou seja A Universidade de Jaén, Universidade de Córdoba, IFAPA , etc.

Comunicação : Para encerrar, por enquanto, Presidente quais os planos da ARGOS para esse ano.

Presidente: Bem  para esse ano temos algumas atividades já marcadas. A primeira delas e reputamos a mais importante é a 2ª Edição do Curso de Elaboração e Análise Sensorial de Azeites que faremos de novo na Universidade de Jaén e do qual sou o coordenador para o Brasil. Esse curso sairá no período de 19/11 até 30/11/18. Importante curso para quem quer aprender sobre o tema com um grupo técnico de cientista importantes da Universidade. Esse curso , hoje, é o que de melhor existe sobre o estudo do azeite (pratico e teórico).Creio que o Edital lançaremos até , no máximo, meados de março/18. Esse curso estamos pedindo para que o Conselho Oleícola Internacional o reconheça.Todos os documentos estão em Madri.Temos um convenio já firmado com uma Universidade Importante aqui do Brasil .Sobre isso vamos fazer uma divulgação especial e outras surpresas que vão acontecer no decorrer do ano . Todas positivas e todas no campo técnico/científico para aqueles que querem investir e trabalhar  com a única entidade do Brasil que tem reconhecimento  técnico/científico internacional que é a ARGOS.

Comunicação: E a produção desse ano/18?.

Presidente: Olha temos número para todos os gostos, não só na produção como no plantio . Todos eles irreais e superestimados(isso é um grande problema).A realidade é que esse ano pouco ou quase nada se produziu ou se vai produzir no Brasil., do pouco que se produz.  Como não há necessidade de se comprovar com dados e fatos reais as pessoas falam qualquer coisa. O pior é que isso é replicado pela imprensa que não vai checar os dados e as fontes e assim se multiplicam  os problemas e as inverdades.

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