A   R   G   O   S

Colheita 2017 da Azeitona no Brasil -Mitos e verdades sobre ela.

 

diego fotos 2017 -58

Começa a preparação para colheita de azeitonas.Começam as projeções de produção. Os números , como sempre, variam  de acordo com o interlocutor e seu interesse e, também, o interesse em superdimensionar o que fizemos e produzimos.

Em um setor em formação  é muito fácil  trazer números e informações sem nexo, sem sentido ou muitas vezes irreais. O porquê disso tudo?  Existe sempre o interesse de alguns em ganhar dinheiro e superavaliar o que estão fazendo porque não tem como se checar números e informações. Assim a informação fantasiosa  prolifera no terreno fecundo da desinformação e falta de conhecimento que é o caso aqui no nosso país.

É muito fácil ver pseudo-especialistas falando sobre o tema. Tem provadores falando maravilhas sobre azeites. Provando , fazendo poses e  dando suas opiniões sobre qualidade . As pessoas que querem investir  e o  consumidor, como não sabem  o funcionamento das coisas, o que é qualidade, o que se está comercializando e o que as pessoas de uma certa forma estão dizendo , compra  e acredita nessas informações como se elas fossem verdadeiras. É comum  vermos interessados em vender e pseudo-especialistas falando em azeites e suas maravilhas. Só que em uma avaliação mais apurada  esses conhecedores de azeites não conseguem nem diferenciar e detectar defeitos nos azeites, pelo simples fato desses especialistas não terem conhecimento técnico sobre o tema. São especialistas que fazem cursinhos de fim de semana e já se arvoram no direito de falar com conhecimento de causa.

Esse é o quadro , que infelizmente, temos no Brasil. No que diz respeito a plantação e produção não é muito diferente. Também temos especialistas  falando com propriedade e superavaliando informações que não  aguentam uma checagem mais apurada.

A Atividade olívicola é uma atividade eminentemente privada, no entanto, quem fala sobre olivicultura, na maioria das vezes , são pseudo-técnicos governamentais. em uma clara e evidente ingerência indevida em um tema que não lhes diz respeito. Atividade pública é apenas uma atividade complementar  que deve seguir o interesse produtivo  e se adaptar a ele. Temos o contrário aqui no Brasil. Com um agravante se der tudo errado quem leva a pior é quem investiu o técnico público não é responsabilizado pelo seu desconhecimento  e pelo prejuízo que causou ou que causará ao investidor .  Não é o setor que se auto-determina, como em qualquer atividade produtiva. Aqui estranhamente vemos técnicos públicos  sem conhecimento falando sobre o tema direcionando as coisas e atrapalhando muitas vezes quem quer ajudar a desenvolver um setor que ainda não começou. Isso, também , gera muitos dividendos políticos e visibilidade porque não aproveitar?

O Brasil é o único país do mundo que a produção só aumenta embora tenhamos como referencia e norte no Setor mundial  as alternâncias de produção .Um ano produz muito mas alguns anos podem produzir pouco , muitas vezes chegando  a menos de 50% do ano anterior. Isso é uma característica da cultura em todo o mundo. A chamada “veceria”. Aqui estranhamente passamos desse patamar. Descobrimos a solução para esse problema que o resto do mundo olívicola  com mais de 2000 anos de pratica  e centenas de pesquisas  ainda não conseguiu descobrir.Somos um fenômeno. Isso que só temos cerca de 10 anos tentando desenvolver um pequeno trabalho. Já estamos na frente do mundo olívicola.

Não queremos e nem temos o direito de cercear o direito das pessoas de investir em seus sonhos, fazer esforços e aplicar seus capitais no segmento.  O que não podemos é ter  a má informação. a falta de conhecimento e a esperteza de alguns que viram a possibilidade de ganhar dinheiro de uma maneira fácil, direcionando as coisas  e criando problemas para o desenvolvimento futuro da olivicultura. Não podemos ficar no meio do caminho. Temos exemplos não muito longe dessa absoluta falta de responsabilidade. Quem não se lembra do projeto chinchila, do projeto avestruz e outros mais distantes. Onde estão os arautos da estruturação  desses programas e a venda de ilusões.

Não somos um país de sábios mas também não podemos ser um pais de vendedores de sonhos impossíveis.  O conhecimento da olivicultura não está aqui. Temos que buscá-lo fora  se quisermos ter sucesso no Setor para que ele seja e se torne uma opção. Buscar a base nos paises com tradição milenar com a cultura. Treinar, aprender e treinar. Assim desenvolveremos  alguma coisa com sentido e com respeito ao dinheiro dos outros.

A ARGOS não compactua com isso pois tem um compromisso com o desenvolvimento do Setor no Brasil com segurança e conhecimento técnico, para isso promove inúmeros cursos no exterior   para prepara gente do Brasil e dar condições mínimas para que as pessoas possam avaliar e desenvolver seus projetos, também tem em seu curriculum Feiras, jornadas técnicas e curso aqui no Brasil, porque entende que será assim que conseguiremos dar suporte para o desenvolvimento do Setor . Não temos receita de bolo mais é trabalhando em conjunto e indo buscar a informação técnica onde ela de fato está que conseguiremos desenvolver  a olivicultura. Esse é o nosso compromisso .Essa é a nossa missão. Todo o olivicultor deveria estar dentro dessa estrutura representativa , seja do RGS , seja de qualquer lado do Brasil, no entanto, aqueles que querem entrar no segmento muitas vezes preferem seguir os passos de vendedores de mudas e de pseudo-técnicos , que tem interesse específico e direcionado  e não do interesse do  desenvolvimento olivícola.

A Presidência